segunda-feira, setembro 26, 2005

LINKS DO PROJETO:
Expedição CicloBrasil- www.ciclocultura.blogspot.com
AÇÕES DA EXPEDIÇÃO - www.ciclobrasilacoes.blogspot.com
DENÚNCIAS ECOLÓGICAS - www.denunciasciclobrasil.blogspot.com
ATITUDES SÓCIO AMBIENTAIS - www.atitudesocioambientais.blogspot.com
SÍTIO PEDAGÓGICO EM GAROPABA- www.sitiopedagogicogaropaba.blogspot.com
SÍTIO PEDAGÓGICO PRAIA GRANDE - www.sitiopedagogicopraiagrande.blogspot.com
SÍTIO PEDAGÓGICO MAMPITUBA - www.sitiopedagogicomampituba.blogspot.com
SÍTIO PEDAGÓGICO PONTAL DO SUL - www.sitiopedagogicopontaldosul.blogspot.com

domingo, setembro 25, 2005

Introdução

Atualmente, percebemos intuitivamente que nos encontramos no limite de tolerância que a natureza suporta e estamos vendo se aproximar um colapso. Nos colocamos pressionados contra a parede juntamente com tartarugas, beija-flores, jacarandás, margaridas, peixes-bois e milhares de outras espécies. Por conseguinte, estamos sedentos de informações que nos auxiliem a reaorientar nossa cultura de forma que possamos participar sadiamente da evolução da vida no planeta Terra.
O envolvimento de todas as comunidades nas questões ambientais é fundamental para um futuro humano sustentável. Nós viemos da Terra e pra ela vamos voltar. Portanto, nossa tarefa aqui é nos unir para elaborarmos ações de bem cuidado da nossa morada e das pessoas que nela habitam, para vivermos a abundância permanente, repartindo os excedentes, sendo solidários uns com outros.
Na realidade e de tamanhas proporções, as soluções para os problemas sociais, ambientais e econômicos que a humanidade enfrenta atualmente, estarão cada vez mais escassas, na proporção em que os ecossistemas se deterioram. Ainda assim, os caminhos em busca destas eco-soluções emergentes, nos servirão como desafios para a aprendizagem e conservação dos ambientes em que vivemos. Em conjunto, estas ações derevão estar alicerçadas nos sistemas de educação de cada região, para que a população se envolva e apóie as mudanças necessárias para alcançá-las.
Uma comunidade sustentável é geralmente definida como aquela capaz de satisfazer suas necessidades e aspirações sem reduzir as probabilidades afins para as próximas gerações. Esta é uma exortação moral importante. Nos lembra a responsabilidade de transmitirmos aos nossos filhos e netos um mundo com oportunidades iguais as que herdamos. Entretanto esta definição não nos diz nada a respeito de construirmos uma comunidade sustentável. O que nós precisamos é de uma definição operacional de sustentabilidade ecológica.
A chave para tal definição operacional é a conscientização que não precisamos inventar comunidades humanas sustentáveis a partir do zero, mas que podemos modelá-las seguindo os ecossistemas da natureza, que são as comunidades sustentáveis de plantas, animais e micro-organismos. Uma vez que a característica notável da biosfera consiste em sua habilidade para sustentar a vida, uma comunidade humana sustentável deve ser planejada de forma que, suas formas de vida, negócios, economia, estruturas físicas e tecnologias não venham a interferir com a habilidade inerente à Natureza ou à sustentação da vida. (CAPRA, 2003)
A busca de resoluções sócio-ambientais, implica que o primeiro passo correlacionado ao nosso empenho para construir comunidades sustentáveis deve ser em direção a “alfabetização ecológica”, i.e., entender os princípios de organização evolutiva dos ecossistemas na sustentação da teia da vida.
Quando GADOTTI (2000, p.42), refere-se aos problemas atuais, inclusive os problemas culturais e ecológicos de nossa educação, alerta que: ... são provocados pela nossa maneira de viver, e a nossa maneira de viver é inculcada pela educação, pelo que ela seleciona ou não, pelos valores que transmite, pelos currículos, pelos livros didáticos e também pelos livros de filosofia. Reorientar a educação a partir do princípio de sustentabilidade pode vir a significar, retomar nossa educação em sua totalidade, implicando uma revisão de currículos e programas, sistemas educacionais, do papel da escola e dos professores, da organização do trabalho escolar. A eco-alfabetização é o primeiro passo na estrada da sustentabilidade. O segundo passo é movimentar-se da eco-alfabetização para o eco-planejamento, ecodesign[1]. Temos que aplicar nosso conhecimento ecológico para o replanejamento fundamental de nossas tecnologias e instituições sociais, de modo a estabelecermos uma ponte entre o planejamento humano e os sistemas ecologicamente sustentáveis da Natureza.
Para isso, sistematizar um processo de aprendizagem em design ecológico nas comunidades escolares, envolvendo crianças e adultos com o paisagismo pedagógico[2], criando áreas nas dependências das escolas para uso como recurso ecodidáticos, vem a ser um fecundo meio para se exercitar os princípios da ecoalfabetização e do ecodesign. Um pátio, uma sala, um jardim, um quintal ou um sítio para crianças é uma idéia entre muitas que pode ser desenvolvida com tal propósito.
A proposta do experimento educativo “Sítio Pedagógico – ecossitemas de aprendizagem” vem de encontro a esta realidade com soluções pedagógicas simples, viáveis e estimulantes para serem aplicadas no ambiente escolar. O objetivo é implantar um processo de formação ecológica dentro das escolas, para ser elaborado junto ao currículo, incorporando práticas ecopedagógicas sustentáveis, interdisciplinares e transversais à rotina escolar. Para isso, propõe a qualificação e ecoformação da comunidade escolar como um todo (pais, alunos, professores, diretores, faxineiros, merendeiras, comunidade, etc.) em atividades práticas e teóricas relacionadas a ecopedagogia (eco-alfabetização) pela permacultura [3] e seus campos pedagógicos emergentes[4] emergentes. Isto tudo, sendo proporcionado por uma vivência de autogestão pedagógica [5]que promova uma cultura permanente da paz, de vida, de saúde e amor, e que seja sustentável em escala bioregional das comunidades. Estas áreas emergentes do conhecimento são sugeridas como: segurança alimentar, design ambiental, energias renováveis e tecnologias alternativas, gestão de ecossistemas e economias locais. Essas categorias representam uma espécie de “sinal dos tempos”, isso é, assinalam para uma certa direção, um caminho a seguir rumo a uma pedagogia viva, da unidade, na conturbada paisagem atual de confrontação de tendências educacionais. São campos do saber relativos a uma educação emergente, para se instituir uma cultura sustentável e assim, engendrar os meios necessários para viabilizarmos a nossa sobrevivência planetária nas próximas décadas.
Para a qualificação nestas áreas, serão realizados encontros e oficinas ecopedagógicas semanais, totalizando 64 horas/aula, onde serão propostos e desenvolvidos ecossisistemas pedagógicos sustentáveis a serem implementados na escola através de oficinas de ecoconstrução e bioarquitetura. O experimento envolve atividades práticas e teóricas, buscando maneja-las permanentemente, integrando à metodologia de ensino, bem como às condições e contexto das escolas.
As atividades propostas visam desenvolver estratégias educacionais continuadas que assistam o currículo, buscando inspirar maior integração entre as disciplinas e as práticas educacionais. Foram desenvolvidas para transcender a sala de aula convencional para a sala de aula ao ar livre.
O processo de autogestão pedagógica, envolve também a implantação de um núcleo gestor do sítio pedagógico nas escolas, elaboração de dispositivos de gestão paticipativa, como por exemplo o diário de bordo, o diário do tempo, planilhas e questionários de diagnósticos, a criação e implementação de designs ecológicos nas escolas, com a participação de professores, estudantes, funcionários, pais e comunidade local.
Desta maneira as escolas caminharão para se tornar responsáveis por uma educação que estimule os estudantes e a comunidade a construirem um futuro em que possam viver com os recursos necessários, sem esgotar o meio natural, causando um impacto positivo no ambiente escolar e em sua comunidade, sendo agentes multiplicadores de uma educação permanente e que sustente a vida.
[1] Sistema ecológico de design. Ciência da conexão. Em sua acepção mais ampla, design que dizer: desenho, planejamento (projeto) e execução. [2] Que é a utilização do paisagismo criativo nos espaços escolares como motivador da aprendizagem. [3] Sistema de design ecológico, de culturas permanentes, que integra energias renováveis, produção de alimentos orgânicos, edificações ecológicas e educação para uma vida sustentável. [4] Emergentes por constatação da rápida deteriorização causada pelo homem nos ecossistemas da Terra. São medidas emergênciais, tomadas como prioridade operacional por vários movimentos sociais mundiais que se dedicam em promover a paz e a cura planetária. [5] É a distribuição do poder entre professores e alunos, ao selecionar as atividades, os conteúdos, os materiais, o espaço e o tempo das atividades educativas.

sábado, setembro 24, 2005

Objetivo Geral

Desencadear um processo autogestionário de paisagismo pedagógico, (hortas mandalas, espirais de ervas, sementeiras, minhocários, composteiras, ambientes aquáticos, jardins produtivos e ornamentais) qualificando e formando a comunidade escolar em ecodesign em permacultura, a idealizar, construir e manter ecossistemas de aprendizagem através da implantação de um Núcleo Gestor do experimento na escola.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Objetivos Específicos

· Semear idéias, implementar propostas, compartilhar experiências voltadas para a relação do homem com sua morada, o planeta Terra.
· Aprender sobre semeação natural, segurança alimentar e nutricional.
· Desenvolver experiências educativas com os princípios da permacultura na escola.
· Auxiliar no processo de gestão ambiental escolar
· Propor ações que atendam a Agenda 21 na escola.
· Auxiliar a assimilação de conteúdos pedagógicos e também capacidades, habilidades e atitudes em relação ao meio ambiente.
· Integrar educação ambiental aos Parâmetros e as Diretrizes Curriculares Nacionais, interdisciplinar e transversalmente.
· Desenvolver tecnologias apropriadas e ecológicas dentro da escola.
· Estimular a sustentabilidade das escolas, encorajando professores, alunos e funcionários a participar na produção de alimentos, reaproveitamento de resíduos orgânicos e não orgânicos e estratégias para a geração de energias limpas que sejam viáveis economicamente.
· Capacitar os professores da rede pública de ensino a desenvolver atividades para um futuro sustentável com os estudantes.
· Concretizar uma parceria entre as escolas e o experimento educativo Sítio Pedagógico, a fim de proporcionar aos professores e estudantes um subsídio a mais para trabalhar questões ambientais extracurriculares.
· Tornar a qualidade do ambiente escolar agradável e atraente para professores, pais e alunos com a implementação de condições para produção de uma alimentação orgânica nutritiva e variada que incremente a merenda escolar, contribuindo positivamente para a qualidade de vida e condições de aprendizado dos estudantes.
· Estimular o interesse e a criatividade de professores e estudantes a respeito da participação nas questões de recuperação, conservação e valorização das riquezas e potencialidades sócio-ambientais da região.
· Encorajar o trabalho em comunidade, fazendo da escola um ambiente produtivo de integração entre professores, estudantes e comunidade local, que levarão idéias e produtos para casa, abrangendo assim uma grande parcela da população.

Metodologia

Pelo fato da metodologia ser elaborada para se criar ambientes pedagógicos como ferramentas de ensino-aprendizagem, encontramos apoio num conceito chamado de “paisagismo pedagógico[1]” (learnscaping). Ele engloba a concepção de (design), o desenvolvimento e a implantação de recursos especiais nas dependências das escolas para complementar os processos de ensino na sala de aula. Tratar o ambiente das escolas como elemento impulsionador da aprendizagem é uma idéia baseada na integração do desenvolvimento da paisagem interna, em conjunto com o currículo. Para dar suporte adicional ao projeto, compomos com as idéias da permacultura. A teoria central da aprendizagem contida nestes conceitos de design tem pontos comuns. A permacultura, do mesmo modo, envolve o aprendiz no propósito e valor da ação educativa. A permacultura dá um referencial conceitual útil para considerações futuras sobre sociedades sadias, auto-sustentáveis. Além de sua contribuição às técnicas de projeto e pormenores administrativos, a permacultura da um ousado passo pela re-definição de nosso papel mais apropriado na Terra. A criança torna-se um participante ativo, co-responsável pelos resultados obtidos no processo de ensino-aprendizagem. “A permacultura estimula o indivíduo a ser engenhoso e autoconfiante, tornando-se parte da solução dos muitos problemas que enfrentamos, tanto em nível mental, local como global. Ela cobre uma ampla faixa de atividades, indo da produção de nosso alimento ao desenho de nossas áreas residenciais e administração dos recursos naturais, passando pelas atividades diárias nas quais investimos nosso tempo, habilidades e dinheiro” (Jornal Internacional de Permacultura, nº54) A implantação do experimento educativo “Sítio Pedagógico” acontecerá através de uma abordagem ecopedagógica interdisciplinar, com ciclos de oficinas práticas e teóricas de capacitação e formação ambiental, envolvendo diretamente professores, funcionários e alunos monitores e indiretamente toda a comunidade escolar. Os ciclos se subdividem em conteúdos teóricos, com palestras, dispositivos didáticos lúdicos e de sensibilização natural. Já as oficinas práticas envolvem a produção de arte reciclagem, a ecocnstrução de jardins produtivos e o estudos do meio. As instruções são repassadas com o auxílio de materiais ecodidáticos como, diário de bordo, apostilas, jogo educacional, planilhas de monitoramento e um CD rom educativo do programa, no qual o professor terá subsidio para trabalhar a interdisciplinaridade e os temas transversais da educação continuamente. A autogestão pedagógica e a autonomia espiritual O experimento educativo é permanente e organizado por autogestão pedagógica onde alunos, professores e funcionários coletivamente desencadearão e sustentarão a funcionalidade do sítio pedagógico. Na ecoformação será utilizado meios de monitoramento, manutenção e avaliação do experimento ecológico. Por isso, envolve a formação de professores e alunos monitores que acompanharão o processo de implantação e desenvolvimento e serão os futuros multiplicadores da ação para as séries e anos seguintes. Nas vivências de autogestão pedagógica, que envolvem pessoas e coletivos, deixa-se claro que o objetivo maior é sugerir que existe no auto-envolvimento das pessoas um despertar imediato do desejo de autonomia. E acima de tudo, a forma como cada um se identifica, no sentido de que a sua própria percepção é a chave para compreender o que vai acontecer com ele mesmo. Por isso, iniciar um processo educativo que valorize a capacidade pró-ativa das pessoas envolvidas é fundamental, para superar qualquer auto-imagem negativa gerada pela sua condição social. Cada pessoa precisa descobrir-se como parte do ecossistema local e da comunidade biótica, seja em seu aspecto de natureza, seja em sua dimensão cultural. O protagonismo essencial será o de cada um, de quem queira aprender. Protagonismo é assumir o papel principal na definição da situação conflitiva. A dinâmica própria do campo pedagógico, as atividades de expressão, dão um suporte ao protagonismo de crianças e adultos que evoluem então desenvolvendo seu desejo de aprender. Este protagonismo é muito diferente da “criança ativa” proposta pela didática da chamada escola ativa que organiza o processo através dos objetivos predeterminados. (DINELLO) Visto sua íntima relação ao sujeito e ao ato criativo em busca de autonomia, podemos perceber a expressão criativa como: · um manifestar da existência · uma via de descobrimento e desenvolvimento de potencialidades do educando; · uma forma de integração sócio-cultural · uma via de processar aprendizagens comportamentais e cognitivos · uma instrumentalização metodológica para a sistematização conceitual O aprendizado é assim um encontro do sujeito que se forma em seu descobrimento, em sua compreensão do objeto (o Sítio), em assumir suas condutas de comportamento. Assim, ele é chamado a descobrir inteligentemente o funcionamento do mundo que lhe rodeia. A proposta por meio ambiente pedagógico – de expressão lúdico criativa – as atividades são um permanente estímulo ao desenvolvimento da personalidade da criança, jovem e do adulto que assim continua mentalmente e socialmente ativo. O aprendizado corresponde a um processo individual que está conectado por um contexto sócio-cultural-ambiental e uma experiência concreta significativa. Agora, precisamos recriar a concepção de que a vida implica criação permanente do novo. “O todo é a conseqüência do envolvimento de todas as partes” * Obs: O projeto conta também com o desenvolvimento cooparticipativo de um página na net “Sítio Pedagógico” (www.sitiopedagogicobrasil.blogspot.com) com alunos e professores, para a inserção digital do experimento e dos participantes. Desta forma vai sendo incluído os estudos sequenciais obtidos no experimento, relatos do desenvolvimento da experiência (monitoramento e avaliação a distância) e o diário de bordo dos participantes. [1] O ato de utilizar o paisagismo como instrumento focalizador da aprendizagem.

Justificativa

Nas próximas décadas a sobrevivência da humanidade dependerá de nossa alfabetização ecológica, isso é - nossa habilidade para entender os princípios básicos da ecologia e viver de acordo com sua observação. Isto significa que a eco-alfabetização deve se tornar uma qualificação indispensável para educadores, gestores públicos, líderes empresariais e profissionais em todas as esferas, e deverá ser a parte mais importante da escolaridade, em todos os níveis – desde a escola primária até a escola secundária, faculdades e universidades e na educação continua e no treinamento de profissionais. “Nós temos que repassar para os nossos filhos os fatos fundamentais da vida: que a sobra abandonada por uma espécie é alimento para outra; que a matéria circula de forma contínua através da teia da vida, que a energia que promove os ciclos ecológicos fluem do sol; que a diversidade assegura flexibilidade, que a vida desde seus primórdios, mais de três bilhões de anos atrás, não assumiu o planeta através do combate, mas através de redes de trabalho integrado.” Os princípios do ecodesign através da permacultura, refletem os princípios da organização evolutiva da natureza e que sustentam a teia da vida. Exercer a prática do ecodesign neste contexto requer uma mudança fundamental de atitude para com a natureza, é despojar-se do conceito “o que podemos extrair da natureza”, substituindo por “o que podemos aprender com ela”. O sítio pedagógico é um excelente dispositivo para a integração da aprendizagem em ecodesign com as áreas centrais do currículo. Assim, as crianças estarão aprendendo a cuidar da terra, das outras pessoas e de si mesmas. Elas demonstrarão que possuem não somente o conhecimento e experiências sobre o ambiente, mas também que estarão ativamente conectadas a ele. O sítio pedagógico é um valoroso elemento focalizador para os alunos, por ele guardar as chaves das soluções efetivas, tanto para o ensino quanto para o aprendizado. Um sítio pedagógico para crianças é um ambiente produtivo de plantas comestíveis montado por crianças para o benefício das crianças. Ele é feito em uma área de lazer, para possibilitar as crianças aprender sobre a natureza através do contato direto com a mesma. Ele existe para dar condições as crianças de experimentar o contato com elementos de seu ambiente natural – os animais, plantas, o solo, o fluxo da água e o vento, o sol, as estações etc., além de criar conexões entre as crianças e a terra. Um sítio para crianças além de ser uma horta produtiva produz alimentos, tem um elemento adicional: nela há sinais de brincadeira. Existem pilhas de madeiras, pedras, poças de lama, pequenas cercas, locais secretos, pontes, talvez um espantalho e, sem dívida, coisas que gente grande não vê. Se o sítio está situado nas dependências de uma escola, a construção e o manejo podem ser utilizados como atividade de enriquecimento da aprendizagem em sala de aula. O domínio de muitas áreas do currículo pode ser fortalecido através de pleno envolvimento em atividades ambientais fora de sala de aula. Por fim, preparando as crianças, difundindo práticas sustentáveis, ativando ferramentas associativas, formando equipes locais de mobilização popular, transcedendo o medo e a resignação, compartilhando a dor pelo mundo e as conquistas da nova humanidades, mulheres e homens são chamados a se reconectarem com a comunidade da vida do planeta Terra.

Referências

Félix Guattari. As 3 Ecologias. São Paulo. Bill Mollison. Manual de Design em Permacultura Lucy Legan. A Escola Sustentável. COMVIDA. Ministério da Educação. Moacir Gadotti. Pedagogia da Terra. IDEC. Manual de Educação : Consumo Sustentável UFSC. Hortas Escolares : livro do professor Paulo Freire. Pedagogia da Autonomia. Cellestin Freinet. Pedagogia da Cooperação. Humberto Maturana e Francisco Varella. Teoria da Auto-organização André Mance. Redes de Trocas Solidárias. Edgar Morin, Os setes saberes Necessários. Carolyn Nuttal. Agrofloresta para criança : uma sala de aula ao ar livre. CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação: a ciência, a sociedade, a cultura emergente. São Paulo : CULTRIX , 1982. Fritjof Capra, AS CONEXÕES OCULTAS, IDESA, São Paulo, 11 de Agosto de 2003 DINELLO, Raimundo Angel. Expresion y creatividad : nuevo paradigma en educacion y para la enseñanza. Ed. Nuevos horizontes 4ª edicion : Salinas, julio, 2000. GAIA: uma teoria do conhecimento / organizado por Willian Irwin Thompson ; (tradução Sílvio Cerqueira Leite). 3ª ed. – São Paulo : Gaia, 2001 GUTIÉRREZ, Francisco; PRADO, Cruz. Ecopedagogia e cidadania planetária; tradução Sandra Trabucco Valenzuela. 2. ed. – São Paulo/SP : Cortez : Instituto Paulo Freire, 2000. – (Guia da escola cidadã; v.3) HEINBERG, Richard. Um novo pacto com a natureza. Lisboa : Instituto Piaget, 1996. MORIN, Edgar. O método 4. as idéias – habitat, vida, costumes, organização. Porto Alegre/RS : Sulina, 1998. MORIN, Edgar. O método 3 – o conhecimento do conhecimento. Porto Alegre/RS : Sulina, 1999. MORIN, Edgar Complexidade e transdisciplinaridade: a reforma da universidade e do ensino fundamental. Natal : EDUFRN,1999. RONILK, Suely. Micropolíticas : cartografias do desejo. Petrópolis : Vozes, 1987. FREITAS, Felipe; Silveira, José H. P. Alfabetização ecológica : manual do educador. MBR/Alternativa Educação e Manejo Ambiental, 2005.

Nossos Sítios

PRAIA GRANDE - SC - www.sitiopedagogicopraiagrande.blogspot.com Responsável: Prof. Patrícia e Prof. Mirna em conjunto com o grêmio estudantil

GAROPABA - SC - www.sitiopedagogicogaropaba.blogspot.com Data: 19/09 Responsável: Giseli Aguiar de Oliveira, Juliano Riciardi, Luciana Nogueira e Cristiano Arejano Atividade: Expedição Ciclo Brasil – Projeto Sítios Pedagógicos Local: Garopaba Chegada da expedição ciclo Brasil em Garopaba, foi realizado uma apresentação geral na sede do IBF e em seguida fomos visitar as escolas onde serão desenvolvidas as hortas escolares. Num primeiro momento fomos até a Escola de Ensino Fundamental Saad Corrêa localizada no bairro do campo d’uma, para organizar as atividades da horta, conferir os materiais necessários e aproveitou-se para realizar uma reunião com o grupo do grêmio estudantil e com os diretores da escola. A noite voltamos para Garopaba onde realizou-se uma reunião com os agricultores orgânicos da cidade e região e ainda estavam presentes menbros da prefeitura o secretario de agricultura e seu assessor. Data: 20/09 Responsáveis: Giseli Aguiar de Oliveira, Juliano Riciardi, Luciana Nogueira e Cristiano Arejano Atividade: Expedição Ciclo Brasil – Projeto Sítios Pedagógicos Local: Garopaba Pela manhã estivemos na escola do Campo duna, foi necessário buscar alguns materiais e logo após esta atividade fomos visitar a escola da Justina na Ibiraquera, para um primeiro encontro com os professores e oraganização de como irá proceder as atividades. IMBITUBA/Sc - www.sitiopedagógicoimbituba.blogspot.com Mampituba/RS - www.sitiopedagogicomampituba.blogspot.com Pontal do Sul/PR - www.sitiopedagogicopontaldosul.blogspot.com

Sítio Pedagógico Lavras/MG

Grupo Yebá - ervas e matos

Alojamento estudantil, 106

Responsável _ Lucca - e-mail:luccacerri@hotmail.com

quinta-feira, setembro 22, 2005

Produtor de Ação Cultural

Juliano de Paiva Riciardi - tem 33 anos, é paranaense, licenciado em Artes Visuais pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Cursou de 1993 a 1997 Oceanografia, onde começou sua jornada com arte educação e educação ambiental. Participou voluntariamente em projetos e instituições ambientais a nível nacional, regional e local como: Parque Ecológico Rio Camboriú/SC, Projeto Peixe Boi IBAMA/AL/PI, Projeto Carona Brasil - embarque na educação ambiental SC/RS, ONG V Ambiental/SC, Projeto Escola Completa/RS, ONG SIMBIOSE/RS, Projeto de Olho no Ambiente - PETROBRÁS/SC, Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado - IPEC/GO e Instituto de Permacultura e Ecovilas da Pampa - IPEP/RS. Formador II em educação ambiental continuada pelo MEC e Permacultor desde 2004, atualmente trabalha fomentando redes de estudo em ecodesign e permacultura, realiza vivências pedagógicas que ampliam o mundo visual e que desenvolvam percepções e mentalidades para sustentabilidade. Contato : juriciardi@yahoo.com.br - http://www.redesmoleculares.blogspot.com/